A fase mais crítica do desenvolvimento cerebral do ser humano é até os 2 anos de idade, período de maior plasticidade neural.
Os sons do mundo são determinantes para moldar as percepções que a criança terá no futuro. Alguns indivíduos adquirem intercorrências que as tornam bebês com indicadores de risco de perda auditiva (IRDA), tais:
– Infecções Congênitas: Toxoplasmose, Rubéola, Sífilis, Citomegalovírus, Herpes Zoster e HIV (Complexo TORCHS);
– Passagem pela UTI;
– Pais com perca auditiva;
– Consanguinidade;
– Prematuridade;
– Anoxia Perinatal
– Peso inferior a 1.500kg
– Anomalia Crânio Facial
– Pontuação indevida na escala APGAR
A Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU), também conhecida como teste da orelhinha é uma forma de triar e fazer o devido encaminhamento de bebês com indicadores de riscos ou que mesmo sem riscos falhem no teste.
O teste é obrigatório e gratuito em todo território brasileiro!
Após percepção e diagnóstico da perda auditiva a criança é encaminhada para os Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI). Em alguns casos de surdez severa e profunda, caso a criança não tenha benefício com adaptação do AASI é encaminhada para o Implante Coclear.
O Implante Coclear (IC) é um dispositivo eletrônico ancorado ao osso que leva estímulo direto através de eletrodos ao órgão receptor da audição, a cóclea.
Seja por inserção do Implante Coclear ou Adaptação de Aparelho Auditivo a criança precisa ser assistida e amparada de forma precoce, minimizando assim prejuízos linguísticos, sociais e emocionais.
A audição é um dos sentidos humanos mais importantes, através dela:
– Aprendemos falar;
– Estimulamos conexões neurais;
– Estamos alertas a perigos eminentes;
– Estabelecemos comunicação social oral;
– Diminuímos o impacto de doenças neurológicas como: Alzheimer e Demência.
Viu como ela é importante?
A criança adaptada precisa de acompanhamento otorrinolaringológico e intensas terapias fonoaudiológicas.
Além de propiciar adaptação do Aparelho Auditivo, a Fonoaudiologia desempenha papel clínico no processo terapêutico, ajudando a criança a construir a linguagem através do das habilidades auditivas:
– Detecção;
– Discriminação;
– Reconhecimento;
– Compreensão.
Fonoaudiólogo, criança, família e otorrinolaringologistas devem andar juntos em todo processo!
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